sábado, 29 de outubro de 2011

Diferenças “identitárias” e práticas discriminatórias marcam o histórico Guarapuavano


Yorran Barone


Inaugurado na década de 20, o Leprosário São Roque foi peça importante na difusão de preconceitos e pesquisas em saúde

Grupo de homens, mulheres e crianças eram denominados leprosos

Com o intuito de isolamento e pesquisa, além de princípios preconceituosos a leprosos, nosso município quase foi sede de histórico prédio fundado na década de 20. Nesta época, faltou pouco para se confirmar a instalação do Leprosário São Roque, edifício ainda vigente e que teve significativo impacto na história paranaense.
Quando fora anunciada a visita do Cônsul polonês a Guarapuava, que pretendia analisar as terras e, consequentemente, trazer imigrantes, o então prefeito Romualdo Antônio Baraúna implantou uma política para a solução dos leprosos, doentes vistos como um problema e que figuravam relativo número em nosso território, que, na ocasião, pertencia a quase metade do estado.
Como estes ainda eram vítimas de preconceito, esta prática visou excluir qualquer premissa de local insalubre, além de promover outra iniciativa excludente, a de “embraqueamento” da população, que capacitaria o Brasil nos moldes europeus.
A professora do Departamento de História da Universidade Estadual do Centro-Oeste - UNICENTRO, Beatriz Olinto, autora do livro “Pontes e Muralhas: Diferença, Lepra e Tragédia”, que possui pesquisas sobre o assunto, conta que a Lepra era considerada um problema, além de uma profilaxia identitária e quando constatada, influenciava diretamente nos aspectos pessoais do indivíduo. “Esta deteriorava a identidade. Se confirmada, o nome sujeito ficava em segundo plano. Se antes era chamado de João, passara a ser conhecido por Leproso João”, relata.
Com a não instalação em Guarapuava, o município de Piraquara, pertencente à região metropolitana de Curitiba, foi o escolhido para a construção e promoveu sua inauguração em 20 de outubro de 1927. Deste modo, todos os leprosos do estado foram internados lá obrigatoriamente. “Isto ocorria, pois não havia cura e este período era fora de grande crença na capacidade da ciência. A Lepra era vista como os pés de barro da técnica”.
Apesar das premissas discriminatórias e de isolamento já citadas, pesquisas em prol da cura também figuravam os motivos desta construção, tanto que a mesma fora descoberta. “Neste período, o Paraná recebia demasiado investimento na saúde. O Leprosário era de última geração e contava com cinema, teatro, quadras esportivas, entre outros. No início dos anos 40, este foi o primeiro a trabalhar com o tratamento por sulfona, diagnosticado como a primeira cura da doença”, explica Beatriz. “O grande problema residia no modelo, que era autoritário e obrigava o isolamento”.
Há, também, relatos daqueles presentes no instituto. Segundo Beatriz, foram várias as experiências compartilhadas no local. “Alguns fugiam para reencontrar familiares, outros se suicidavam e, ainda, ocorreram alguns relacionamentos, culminando em casamento”, finaliza.

Significativos Reflexos

Guarapuava por pouco não sediou o Leprosário São Roque

Quase noventa anos após a instalação, o Leprosário ainda funciona sob a denominação de Hospital Dermatológico do Paraná, que é referência no tratamento da Hanseníase, uma designação da Lepra, implantada em 1976 devido ao estigma dado a esta denominação e também ao fato de que atualmente, com os avanços tecnológicos, novas nomenclaturas foram criadas.
Ocorreu, ainda, em 2007, iniciativa federal que beneficia as famílias dos indivíduos internados a força. De acordo com o decreto 6.168, de 24 de julho de 2007, os pacientes que sofreram tais atitudes em todo o país, até 1986, terão direito à pensão vitalícia mensal no valor de R$ 750.
A Lepra pertence às doenças mais antigas do mundo e há relatos de pelo menos 4000 anos, sendo os primeiros registros encontrados no Egito antigo.

Editado por Helena Krüger

Um novo olhar para os Deficientes Visuais


Luciana Grande


A Apadevi (Associação dos Pais e Amigos dos Deficientes Visuais) é uma instituição sem fins lucrativos que tem por objetivo buscar soluções e alternativas para que o deficiente visual possa levar uma vida normal e independente. Além disso, um dos propósitos da entidade é proporcionar momentos de aprendizado, lazer e descontração aos participantes.
A instituição foi fundada há mais de 22 anos, em março de 1989, mas a sede atual existe desde 1998, data em que a Prefeitura Municipal fez a doação do terreno. Porém, a construção do prédio foi feita a partir de recursos próprios da Apadevi.
De acordo com Alexandra Cleve, diretora da Apadevi, a iniciativa de criar a entidade partiu de uma família, com o apoio da comunidade. “Uma mãe tinha um filho cego e aqui não existia nenhuma instituição de apoio para deficientes visuais. Então ela começou a fazer uma movimentação: procurou outras pessoas na mesma situação e foi assim que a Apadevi nasceu”.

Os alunos são atendidos individualmente a partir de um cronograma

Hoje, mais de 20 anos depois, a entidade possui cerca de 110 alunos com as mais variadas idades. “Aqui o nosso aluno mais novo tem quatro anos e o mais velho 84. Não há idade mínima e nem máxima para frequentar a Apadevi”, explica a diretora. No entanto, ela atenta ao fato de que a instituição só atende pessoas com deficiência visual (baixa visão ou cegueira). “O deficiente visual que quiser participar só precisa entrar em contato com a equipe, então vamos identificar as necessidades dessa pessoa. Nós também atendemos pessoas com múltiplas deficiências, desde que a visual seja uma delas”.

Os alicerces

A Apadevi possui uma parceria de repasse de recursos com a Prefeitura Municipal e a Secretaria Estadual de Educação. O município fornece o transporte, com vans e motoristas. O Estado paga os professores, que são todos concursados e especializados na área de deficiência visual. Além disso, o governo estadual disponibiliza uma verba extra uma vez por ano, para a compra de materiais de consumo permanentes.
Há, também, a ajuda de voluntários, que contribuem com dinheiro, doação de equipamentos, móveis ou com serviços, como aulas. Entretanto, segundo Alexandra, isso não é suficiente para manter a instituição, já que o restante dos materiais (limpeza, alimentação etc) é adquirido com recursos próprios da instituição. Algo que faz falta para a entidade, segundo a diretora, é uma assistente social e uma psicóloga.
“As pessoas não conhecem a Apadevi, não há divulgação suficiente da entidade. Por isso não há muitas doações. A gente vive no limite sempre, mas toda ajuda é bem vinda. Agora dia 19 de dezembro nós vamos fazer uma divulgação na XV de novembro, espero que isso ajude”, comenta.

No centro de conviência os participantes têm momentos de lazer e descontração

Atividades e projetos

A Apadevi trabalha com vários serviços de apoio ao deficiente visual. Há o OM (Orientação e mobilidade), que auxilia na locomoção dos cegos, oferecendo técnicas para que eles possam aprender a andar sozinhos, esperar um ônibus, utilizar a bengala ao passear na rua etc. Por essa razão, Alexandra ressalta o fato de que é fundamental os professores possuírem plena capacitação da área.
Outro serviço oferecido é o AVA (Atividade de Vida Autônoma), em que é trabalhada a independência do deficiente visual no dia-a-dia dentro de casa. “O AVA é uma casa que temos montada aqui no prédio, com sala, cozinha, quarto e banheiro. A gente ensina os alunos a tomar banho, pentear o cabelo, lavar roupa, arrumar a cama, preparar alguma coisa para comer, ensinamos as meninas a fazer a unha... Várias coisas”, conta a diretora.
A entidade trabalha, também, com o apoio à escolaridade, para alunos que já estão inseridos no ensino básico. Estes participam no período de contraturno escolar e costumam fazer adaptações de materiais, aulas de braile ou soroban, além de participar do AVA e do OM.
Alexandra explica que a maioria dos alunos da Apadevi tem mais de 30 anos. Por essa razão, a alfabetização em braile é muito mais trabalhada com os adultos.
Além dessas atividades, a instituição oferece aulas de artesanato, teatro, música, informática e estimulação visual. Há, ainda, encontros sociais entre os participantes, em que eles se divertem muito. “Toda sexta tem o ‘encontro do chimarrão’ no centro de convivência. Lá eles cantam, dançam, conversam, dão risada e se distraem. Isso é muito importante, principalmente para os idosos, porque em casa eles ficam deprimidos. Para eles a Apadevi é tudo. É uma vida que continua. Quando entram, não querem mais sair”, conta a diretora.
Alexandra comenta que existe uma professora que busca inserir os deficientes visuais no mercado de trabalho. Ela atua buscando oportunidades, como vagas de emprego, bolsas de estudo, cursos, feitio de documentos, entre outras coisas. Tudo isso para motivar os participantes, por isso muitos deles tem a Apadevi como uma segunda casa.
Esse é o caso de Heverton Luiz Rodrigues, que hoje tem 20 anos e é aluno da Apadevi desde os oito meses de idade. Segundo ele, na instituição passou a perceber o mundo de outra forma, aprendeu muitas coisas, teve contato com pessoas iguais a si e fez muitos amigos. “Eu gosto de todos os projetos daqui. A Apadevi só trouxe coisa boa para a minha vida. Acrescenta muito para mim estar aqui. É um lugar em que me sinto muito bem ”.
Heverton está no 3º ano do Ensino Médio e todos os dias, a tarde, vai até a entidade, já que sempre há alguma coisa diferente para fazer. Além disso, o jovem também está estudando para passar no vestibular de Jornalismo. “Eu sempre fui fissurado por música, tecnologia e essas coisas. Quando eu era criança pensava: ‘deve ser tão bom ficar na frente de um microfone, falando um monte de coisas’. Então desde pequeno eu sonho em ser locutor de rádio, por isso resolvi tentar vestibular para Jornalismo na Unicentro”. O rapaz, que mora com a mãe, orgulha-se de ser independente e correr atrás de seus objetivos.
“Muito do que eu sei e do que eu sou devo à Apadevi. Em casa eu faço praticamente tudo sozinho, moro só com a minha mãe e tenho que me virar. A única coisa que ainda não sei fazer é cozinhar, mas acho que se um dia precisar eu aprendo na marra (risos)”.

Heverton é aluno da Apadevi há mais de 20 anos e sonha em ser radialista

Como ajudar
Para contribuir com a Associação de Pais e Amigos dos Deficientes Visuais basta entrar em contato com a equipe.
Telefone: (42) 3622 0617
E-mail: apadevigpva@gmail.com
Endereço: Rua Capitão Frederico Virmond, 3494

Editado por Mário Raposo Jr.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

A Campinense abastece mais de 70 cidades


Ana Carolina Pereira

Guarapuava, considerada pólo regional de desenvolvimento, destaca-se no ramo industrial, setor que representa 35% do PIB (Produto Interno Bruto) municipal. O setor de madeira, papel e derivados é a atividade industrial que mais emprega. Entretanto, empresas de bebidas, produtos alimentícios e a agroindústria também participam significativamente no mercado regional. Nesta edição do Made in Guarapuava, vamos conhecer a indústria de biscoitos doces.

A Campinense, empresa de bolachas caseiras, que atua no mercado há 14 anos, é considerada um empreendimento de médio porte, como explica a proprietária Vanessa Vilalba. “Somos uma empresa familiar e atuamos no comércio de produtos artesanais com 11 funcionários, além de revendedores da região e até outros Estados”.

Produção caseira abastece mais de 70 cidades

Com uma fabricação iniciada em casa, o foco da empresa sempre foi manter a qualidade dos produtos, como relata a proprietária. “O objetivo principal da sempre é qualificar os produtos e diferenciá-los da concorrência”.

Atualmente, a Campinense abastece o comércio com uma variedade de produtos, entre eles bolachas simples ou recheadas de diversos sabores, roscas e pão de mel. A distribuição é realizada em 79 cidades. “Temos os representantes de vendas que buscam ou encomendam a quantidade desejada de produto e revendem. Nossos produtos são comercializados até para fora do Estado, como por exemplo em São Paulo”.

Campinense possui produtos variados entre biscoitos e roscas

A Campinense mantém o mercado estável em Guarapuava, mas a proprietária revela futuros projetos. “A pretensão é expandir os negócios, sempre produzindo produtos de alta qualidade com preços e opções que podem se diferenciar no mercado”.

Editado por Gabriela Titon

Quando a mente não acompanha o corpo!

São cada vez mais frequentes jovens com transtornos psicológicos

Bárbara Brandão


Durante adolescência os jovens sofrem diversas transformações físicas e emocionais, em alguns casos, essas mudanças não são bem recebidas e podem causar problemas. Transtornos psíquicos podem atingir pessoas de qualquer idade, e precisam ser tratados por especialista. Por muito tempo, os consultórios de psicologia era alvo de preconceitos, felizmente essa visão esta mudando. “Felizmente o mito de que psicólogo é “médico de louco” está se perdendo”. Conta a psicóloga, Carolina Gomes da Silva.
Em muitos casos, as alterações de comportamento na adolescência são confundidas com problemas psicológicos, por isso, os pais devem redobrar a atenção sob os filhos. Para a psicóloga, os jovens que buscam terapia sabem o que querem. “A juventude procura para autoconhecimento, resolver algumas angústias e ansiedade, e muitas vezes porque não tem com quem conversar”. Ela ainda informa qual o transtorno mais comum, nesta fase. “A depressão também tem acometido muitos jovens atualmente, devido ao fato de não tolerarem frustrações.”
A secretária Andréa Fernandes, há um ano percebeu mudanças no comportamento de sua filha de 15 anos: “Sempre que eu ia conversar com ela, ela estava distante. Fui percebendo algumas mudanças no seu comportamento, depois de uma conversa, nos duas juntas decidimos buscar uma psicóloga”. A menina estava com um nível alto de ansiedade que poderia desencadear outros problemas.
O apoio da família em momentos de crise é fundamental, tentar compreender os motivos pelos problemas também pode facilitar para um melhor relacionamento entre todos “É necessário entender o comportamento do jovem dentro do seu contexto familiar, reconhecendo a influência da família na vida dessa pessoa. Os membros de uma família se influenciam e são influenciados respectivamente. Em alguns casos é importante que a família também passe por um processo terapêutico para perceber e se educar e relação ao transtorno do jovem.” Complementa Carolina.
Os pais devem levar em conta que nesta fase é bastante comum a ânsia por liberdade e independência, no entanto, isso nem sempre acontece e pode causar revolta. Desta forma, transtornos psicológicos não devem ser confundidos com outras inseguranças. Andréa confirma: A gente que é mãe tem que prestar muita atenção nos nossos filhos. Ás vezes uma coisinha de nada, pode virar um problema grave. Hoje eu consigo ver a minha menina mais tranqüila.
As mudanças no corpo e na mente frequentes com a entrada da adolescência e juventude em alguns casos pode gerar conflitos no comportamento. Entretanto, antes de qualquer diagnóstico, vale lembrar que as incertezas que esta fase da vida produz são comuns. Com os passar dos anos e as experiências com que cada indivíduo tende a passar o amadurecimento pode melhorar as indagações.

Editado por Ana Carolina Pereira

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Jiu- Jitsu, um esporte de equilíbrio

Yarê Protzek

Além de ajudar na defesa pessoal, o Jiu-Jitsu é importante por auxiliar no cuidado com a saúde

Arte Suave, esse é o significado da palavra Jiu-Jitsu, luta marcial praticada primeiramente por monges budistas e depois popularizada no Japão. Comum nos dias de hoje, essa modalidade de arte intercala movimentos de autodefesa com ataque sem o uso de armas e com características semelhantes do Judô, porém, o Jiu-Jitsu se difere no momento em que os lutadores caírem no chão. Nele a luta continua até um dos participantes imobilizarem o adversário, o que não acontece no Judô.


Grupo de jovens guarapuavanos treinando Jiu- Jitsu

Em Guarapuava, há vários grupos que praticam essa arte, inclusive competindo em diversos campeonatos. De acordo com o professor Bruno Pierre, que dá aulas de Jiu-Jitsu há cerca de dez anos, todos os interessados podem praticar o esporte, inclusive crianças. “O treino, para mulher, homem ou criança é praticamente o mesmo, porque na hora que ocorre a luta é sossegado.”
Ele também comenta que o grupo ao qual treina procura participar das competições como uma forma de colocar em prática tudo aquilo que eles aprenderam nas aulas e ver no que precisam melhorar e quais os movimentos que estão aperfeiçoados.
Além disso, para Bruno, o Jiu-Jitsu pode ser usado como defesa pessoal, sendo também, importante para o psicológico, pois “ele dá ao lutador uma autoconfiança, assim a pessoa fica mais calma e tranquila no dia a dia”.
Ricardo Yoshimitsu é um dos alunos de Bruno e diz que sempre achou as artes marciais interessantes, para ele o Jiu-Jitsu é a mais eficiente na defesa pessoal e para exercício físico. “Eu luto há um ano e dois meses, to na faixa branca. Já fui há algumas competições em que acabei ganhando segundo e terceiro lugar”.
Outro motivo que levou Ricardo a praticar essa arte, foi pensar na saúde. Treinando três vezes por semana, o Jiu-Jitsu proporcionou um controle intelectual, moral para o aluno. “É muito importante, é praticamente uma filosofia, temos a parte do exercício físico, do controle mental, estratégia, verificamos o aprendizado, então tenta a chegar a perfeição dos movimentos”.
A personal training, Xênia Saviato, também faz aulas de Jiu-Jitsu. “Eu sempre tive contato com esporte e sempre gostei de luta na verdade, ai achei legal e comecei pra ver e me apaixonei por essa arte”.
Xênia acredita que essa arte, é uma atividade que desestressa e relaxante, quase como uma terapia. “Até minha filha de cinco anos já gosta e quer começar, quando ela tiver uns seis sete anos eu vou colocar ela na aula.” A personal também participou de algumas competições, ganhando medalha de ouro, prata e bronze.
De acordo com a Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu, o aluno de jiu-jitsu passa por um treinamento delimitado por nove cores de faixas: o iniciante usa a faixa branca e o profissional a faixa de cor preta, que seria como o diploma do lutador.


As mulheres também estão presentes em todos os tipos de artes marciais

Editado por Helena Krüger

Seja seu próprio chefe

Poliana Kovalyk

Nem todas as pessoas têm a sorte de iniciar suas carreiras profissionais da melhor maneira, já que cargas de horário superiores à 8h por dia e salários não condizíveis ao trabalho desempenhado são coisas mais comuns de se acontecer do que se espera e deseja. Por isso, o sonho de ser seu próprio chefe, ter seu negócio, além de fazer o próprio horário é o sonho de muitas pessoas, que só não põe a ideia em prática por não saber onde começar.
No Paraná, mais de 64 mil pessoas tornaram-se empreendedores individuais, cadastrados através do Portal do Empreendedor do Governo Federal até o mês de junho deste ano. Só em Guarapuava, 664 pessoas foram registradas, e isso, após poucos anos depois do início dessa nova categoria empresarial, cunhada através da Lei Complementar 128, de 19/12/2008 que criou condições especiais para que o trabalhador conhecido como informal pudesse se tornar um empreendedor individual legalizado.
As atividades que apresentaram a maior quantidade de registros no Paraná até junho deste ano foram: comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios, cabeleireiros, serviços de obras de alvenaria, lanchonetes e bares.
O empreendedor individual é a pessoa que trabalha por conta própria e que fatura anualmente no máximo R$36mil e, além disso, tem até um funcionário contratado que recebe o salário mínimo ou o piso da categoria. Mas o primeiro passo para se tornar um empreendedor é deixar a ilegalidade para se tornar um pequeno empresário e não pode ter participação como sócio ou ser titular de outra empresa.
Com o intuito de realizar orientações para esses trabalhadores é que o Sebrae (Serviço de Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) promove diariamente cursos, programas e consultorias, mostrando tudo o que você precisa saber sobre empreendedorismo para abrir o seu próprio negócio. A consultora Roberta Schwarlz explica que essas consultorias são, na maioria das vezes, subsidiadas pelo Sebrae e não possuem custos, isso para que as pessoas saiam da ilegalidade e formalizem seus negócios. “Nós trabalhamos tanto com pessoas que querem abrir uma empresa, oferecendo orientação sobre plano de negócios, que tipo de empresa abrir, até para aqueles que já possuem grandes ou pequenas empresas, empreendedores individuais, promovendo consultorias para melhorar o negócio.”

As atividades que mais renderam registros foram o comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios, seguido por cabeleireiros, serviços de obras de alvenaria e lanchonetes e bares

Abri minha empresa. E agora?

Para quem deseja sair da ilegalidade e formalizar sua empresa, o Sebrae dá todo o auxílio para que o empresário saiba conduzir sua empresa da melhor maneira. “Nós damos as orientações para o plano de negócios reunindo informações de quanto a pessoa irá gastar. Fazemos também um planejamento e uma análise da viabilidade desse empreendimento que ele quer abrir. O cliente vai à campo, traz todas as informações, e nós vamos analisar se é viável aquele empreendimento ou não, sendo o mais real possível com o cliente para que ele veja como é a empresa dele.” explica a consultora. Outra coisa importante a ser feita é a formalização da empresa. “O cliente que está interessado em se formalizar como profissional autônomo, ele vai participar de cursos pra saber quais suas vantagens, seus direitos e obrigações a partir disso.”

Empresas consolidadas no mercado

Para quem já possui uma empresa e quer expandir seu negócio ou melhorar seu atendimento, também há cursos que o capacitam. “Temos curso de gestão, que trata da parte financeira, de RH e marketing. A empresa chega aqui com uma necessidade e, com uma consultoria a gente faz uma proposta de trabalho pra ela.” A consultora ainda explica que há um calendário de cursos que são oferecidos o ano inteiro, que ajudam os empresários a administrar melhor a sua empresa, assim como o programa “Negócio a Negócio”, que atende de forma gratuita aos micro empresários e empreendedores individuais, onde um consultor do Sebrae faz três visitas à empresa, avaliando o empreendimento para verificar quais são as necessidades de melhoria.

Vantagens de ser um empreendedor individual

São várias as vantagens para quem se formaliza. Primeiramente, o empreendedor individual não tem nenhum custo na abertura da empresa, e além do mais, também não precisa de contador. Ele apenas irá pagar um valor fixo mensal que será destinado ao INSS e ao ICMS, garantindo direitos previdenciários como auxílio maternidade, auxílio doença, aposentadoria por idade, etc.
A lei que garante os direitos do empreendedor individual veio para preencher uma lacuna que existia entre o trabalhador que estava na ilegalidade até se tornar um pequeno empresário, e isso é bom para o trabalhador e para seu município, que também sai ganhando.

Para mais informações sobre como abrir seu negócio próprio ou consultorias, o site do Sebrae (http://www.sebrae.com.br/) oferece dicas sobre como melhorar sua empresa, como abrir um negócio e mostra como a instituição pode ajudar. O Sebrae atende na rua Arlindo Ribeiro, 892 – Centro e também pelo telefone (42) 3623-6720.

Editado por Ana Carolina Pereira

Energia de sobra: Jovens espreguicem!

Bárbara Brandão

A fase é de extrema energia, por isso, não deve ser desperdiçada

É imprescindível para os jovens os cuidados com o corpo, isto é, com a saúde física em sua estrutura. Como já foi mencionado na matéria anterior, as atitudes tomadas durante essa fase da vida, na maioria dos casos pode trazer consequências futuras. Desta forma é importante relembrar qual a importância da prática física, mas também de que maneira ela é prejudicial quando não realizada de forma correta.

A tecnologia tem que alterado a rotina de muitos jovens. Em outros tempos as crianças e jovens aproveitam as horas livres para se divertir em áreas ao ar livre, se movimentando. Isso é pouco comum hoje. Jogos de vídeo game e a própria internet, são as diversões utilizadas pelas crianças e jovens, tornando o sedentarismo um problema que atinge todas as idades. De acordo com a Educadora Física, Fabiana Milanezi Ramalho, isso é muito prejudicial. “São vários os problemas que o sedentarismo pode desencadear futuramente como, por exemplo: perda parcial da flexibilidade, baixa resistência física, ansiedade, depressão, isolamento, obesidade.”

A prática de esporte seja ela a corrida, natação, musculação, dança, entre outras opções, trazem benéficos a qualquer individuo. “A atividade física nos jovens favorece o desempenho escolar, o convívio social. Ela é muito importante também na aquisição das habilidades motoras que são melhores desenvolvidas e assimiladas nessa fase. Ela atua como prevenção da obesidade. E ainda aperfeiçoa o potencial físico determinado pela herança genética.” Complementa a professora. Mas ela, alerta pra outro ponto. “Jovens atletas normalmente são sobrecarregados, e corre um risco maior de sofrerem lesões, stress por treinar demais, por não tem tempo para as outras coisas. É essencial que os pais saibam dosar isso e não estimular.”

A estudante Chrislaine Prado, reconhece as repostas do seu corpo. “Eu não faço nenhum exercício físico, sou sedentária mesmo. Às vezes quando faço caminhadas longas e me sinto muito cansaço. Ela, como muitas outras pessoas, sempre estão fazendo planos para alterar essa realidade. “Eu sempre tenho o projeto de começar a fazer algum exercício, mas nem sempre sigo os planos. Agora estou pensando em fazer academia mês que vem, não para emagrecer, mas para me exercitar mesmo.”

Os suplementos alimentares têm a função de complementar nutriente que estão faltando na dieta, como vitaminas, minerais etc. No entanto, a busca excessiva pela beleza tem gerado o uso indevido dessas substâncias, como produtos a base proteína, a qual auxilia no ganho de massa muscular. Muitos jovens buscam esses nutrientes sem qualquer indicação profissional, causando riscos a saúde. “Os riscos mais comuns são problemas musculares, doenças no sistema renal. Muitas vezes o jovem ingere algo do qual seu organismo não precisa e isso com certeza trazer conseqüências.” Informa Fabiana.

Com o verão de aproximando, as pessoas procuram iniciar atividades físicas para perder os quilos ganhados durante o ano, é importante lembrar-se de procurar o auxilio de um profissional de área, para que a prática não gere resultados ruins para o corpo.

Editado por Giovani Ciquelero

Gastos com Balada: uma diversão que acaba sendo salgada

Ellen Rebello

A rotina de muitos universitários é bastante atarefada, é difícil sobrar tempo para se organizar financeiramente, porém é necessário que se tire um tempo para planejar os gastos. Um dos principais problemas que enfrentam é em relação a como administrar o dinheiro que muitas vezes vem de seus pais ou então da bolsa estágio. Uma grande parte dessa "renda" é gasta com divertimento. E é claro as baladas acabam levando uma boa fatia do rendimento dessa classe.
A estudante de Direito, Mylena Penszkowski vive essa situação. Ela é bolsista é tenta fazer com que seu dinheiro dure até o fim do mês: “Sair com os amigos, balada ou até mesmo comer alguma coisa, gasta. Não tem como ficar sem lazer, o difícil é administrar e fazer com que o dinheiro dure o mês inteiro”.

Jovens gastam maior parte de seu orçamento em baladas

As mulheres saem na vantagem quando o assunto é balada. Normalmente os ingressos são mais baratos e, às vezes, as cortesias ajudam na hora de não precisar pagar a entrada. “Guarapuava tem poucas baladas e como a cidade é pequena todo mundo se conhece. Assim ganhamos uma entrada aqui, um convite ali e conseguimos economizar. Mas a balada vai além da entrada. É preciso se preocupar com roupas, táxi ou mesmo usar o próprio carro, estacionamento e a bebida. O gasto é bem alto se formos analisar na ponta do lápis”, comenta Mylena.
Os homens levam um desvantagem na hora de sair a noite, Emanoel Bastos estudante de Administração sabe bem disso. As saídas noturnas acabam levando 100% do seu salário. “Não tem como não gastar. Faz parte da vida dos solteiros sair com os amigos, uma baladinha e lá se vai uma boa grana. Ainda bem que o cartão de credito é aceito em qualquer lugar, acaba sendo uma boa solução e a perdição ao mesmo tempo”.

Editado por Helena Krüger

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Um escravo e um professor nas ruas de Guarapuava

Katrin Korpasch

Na matéria anterior paramos na rua Afonso Botelho, agora, quase no final desta via, no Bairro Trianon, fazemos uma conversão à esquerda e passamos para a rua Belmiro de Miranda. Esta rua com apenas quatro quadras, que terminam na Lagoa das Lágrimas, trazem um nome com muita história. Belmiro de Miranda foi um escravo comprado em Maceió por um fazendeiro de Guarapuava pra construir um casarão.

Em nossa trajetória passamos agora pelas ruas Belmiro de Miranda e Professor Becker

O escravo desenhava plantas de casas, era carpinteiro, pedreiro, e especialista em construções de taipa. Em suas folgas Belmiro aproveitava o tempo para administrar outros casarões. Com esta atividade acabou juntando algum dinheiro. É aqui que começa a sua luta. Belmiro de Miranda foi quem organizou a campanha abolicionista em Guarapuava. Com o dinheiro que tinha ganhado, comprou a liberdade da escrava Esydia Ephigênia, com quem se casou algum tempo depois, quando foi libertado por testamento pelo seu dono.

Junto com Esydia Belmiro construiu o hotel de viajantes ‘Redenção’. Por meio disto foi possível que atuassem na campanha de abolição da escravatura, os dois compraram a liberdade de 50 escravos ainda antes da abolição.

Rua Belmiro de Miranda

Seguindo com o passeio, no final da rua Belmiro de Miranda chegamos à Professor Becker. A estudante Claudia Marx afirma que esta rua faz parte de seu cotidiano. “Passo todos os dias por ela, a Professor Becker faz parte do meu trajeto de casa até a faculdade, mas para falar a verdade não sei quem foi ele”. Para a Claudia e para todos que tem curiosidade de saber por que este professor tem uma rua em sua homenagem, trazemos um pouco sobre este personagem histórico.

Professor João Rodrigues Becker y Silva nasceu na Argentina. Como ex-oficial do exército argentino veio para Guarapuava, onde fundou o Instituto Becker ou Internato Professor Becker em 1902. O professor ajudou no desenvolvimento da educação na cidade e fundou o primeiro grupo de escoteiros. Becker se destacou no magistério em todo o Paraná.

Rua Professor Becker, que cruza em frente à Lagoa das Lágrimas com a Rua Belmiro de Miranda

Continuamos o passeio na próxima matéria!

Editado por Giovani Ciquelero

Uma paixão especial por fusca

Mário Raposo Júnior

Quem nunca teve ou não conhece alguém que já teve um fusca? Esse carro, que um dia já foi o mais popular do Brasil, faz parte da história de boa parte dos motoristas e, apesar de não ser mais fabricado, ainda é facilmente visto nas ruas. Alguns bem cuidados, outros quase no fim de sua vida útil, mas o fusca ano 79 do publicitário Dionísio Burak Filho é peça de colecionador.

Dionísio conta que, como muitos outros, o que o levou a adquirir um fusca foi a condição financeira. “Na época eu não tinha condição de comprar um carro melhor, daí comprei o fusca mesmo”. Mas o carro nem sempre foi bem cuidado como é agora. “Quando eu comprei o carro, ele estava metade bom e metade ruim. Ele pertencia a um chacreiro, sabe? Acho que ele usava só para ir para a cidade. O carro estava cheio de santos quando eu comprei”. Segundo o publicitário, mesmo tendo que ajeitar umas peças e pintar o carro, ainda assim o gasto saiu menor do que se comprasse outro. “Eu gastei muito pouco na reforma do carro, inclusive a pintura fui eu mesmo que fiz, antes o carro era preto. Como muitos outros, Dionísio ressalta a praticidade e o conforto econômico que o carro o proporciona. “O bom é que a manutenção é barata e o motor aguenta bem, então o carro aguenta o tranco”.

“Toda hora que eu entro no carro é algo especial”

Mas para Dionísio, o fusca é muito mais que um automóvel, é algo que ele irá guardar para sempre. “Eu não tenho planos pra vender o carro. Ninguém iria pagar o que eu acho que ele vale, além do que, para mim ele tem um valor inestimável”. Quando perguntado sobre algum momento em especial junto ao carro, a resposta foi enfática. “Toda hora que eu entro no carro é algo especial”.

Dionisio reformou todo o carro após a compra

Editado por Giovani Ciquelero

Cursos técnicos profissionalizantes: um caminho para o primeiro emprego

Poliana Kovalyk

Na primeira matéria desta série vimos que os concursos públicos estão sendo cada vez mais procurados pela estabilidade profissional que proporcionam. Mas para quem procura mais do que estabilidade profissional, possibilidade de crescimento empresarial, a especialização é a melhor solução. E também, quem busca o primeiro emprego, há quem diga que os cursos profissionalizantes oferecem um caminho mais curto para isso.
Segundo um levantamento do MEC, no Brasil, 185 cursos técnicos são ofertados nas mais diversas áreas, sendo Técnico em Enfermagem, Informática e Segurança do Trabalho os mais procurados. E em Guarapuava, só em uma escola profissionalizante, por exemplo, há cerca de 1,7 mil alunos matriculados.
Há duas formas de ensino técnico, primeiro, na modalidade integrada, o aluno faz o curso técnico juntamente ao ensino médio, obedecendo à opção de curso feita no processo seletivo. Já a modalidade subsequente é destinada para as pessoas que concluíram o ensino médio, sendo essa uma ótima opção para quem quer continuar os estudos e adquirir um certificado de técnico. Assim como explica o coordenador do curso de Administração de uma escola profissionalizante na cidade, Clayton Vinicius de Athayde, o ensino técnico ou ensino técnico-profissional constitui uma modalidade de ensino vocacional, orientada para a rápida integração do aluno no mercado de trabalho. “Os dois (modalidade integrada e subsequente) preparam o aluno para o mercado de trabalho da mesma forma, mas o do ensino subsequente é procurado mais por quem já está trabalhando. Temos alunos aqui que fazem Técnico em Química, por exemplo, mas que já trabalham em laboratórios, então eles vêm só complementar suas atividades”.
Clayton afirma que muitas empresas procuram as escolas técnicas em busca dos profissionais. “Essa é uma ótima oportunidade de proporcionar o primeiro trabalho, tanto no subsequente como no integrado, mais ainda nessa primeira modalidade por possibilitar o estágio dentro do curso”. E esses estágios são considerados o diferencial dentro dos cursos técnicos por proporcionar aos alunos a experiência que a maioria das empresas solicita. “Os alunos passam por um período aprendendo toda a parte teórica, e nos cursos como Eletromecânica, Informática e Química as aulas práticas também fazem parte da grade curricular”, explica Clayton. Já em cursos como Administração e Secretariado Executivo, os alunos utilizam-se dos laboratórios de informática para repassar o conteúdo disciplinar.
Muitas pessoas, principalmente os jovens que acabam de se formar, ficam em dúvida na hora da escolha entre uma faculdade ou curso técnico. Na próxima matéria desta série mostraremos que, apesar de alguns cursos parecerem abordar a mesma linhagem nos conteúdos, há uma grande diferença entre o ensino na graduação e no técnico.


Curso Técnico em Enfermagem está entre os mais procurados no Brasil, seguido de Informática e Segurança do Trabalho

#Dica
Saiba mais sobre alguns dos cursos profissionalizantes mais procurados na cidade:

Técnico em Administração
O QUE FAZ: atua na gestão das organizações
DURAÇÃO MÉDIA: 4 anos no Integrado e 1 ano e meio no Subsequente

Técnico em Eletromecânica
O QUE FAZ: atua no desenvolvimento de atividades de assistência técnica, instalação, montagem e manutenção de sistemas eletromecânicos e equipamentos
DURAÇÃO MÉDIA: 4 anos no Integrado e 2 anos no Subsequente
REQUISITOS: Disponibilidade para estágio

Técnico em Informática
O QUE FAZ: atua na área de Programação na Web, Programação Desktop e Suporte Técnico
DURAÇÃO MÉDIA: 4 anos no Integrado e 1 ano e meio no Subsequente
REQUISITOS: Noções de informática básica

Técnico em Meio ambiente
O QUE FAZ: atua na organização de programas de educação ambiental
DURAÇÃO MÉDIA: 4 anos do Integrado e 1 ano e meio no Subsequente
REQUISITOS: disponibilidade para estágio

Técnico em Química
O QUE FAZ: atua no planejamento, coordenação, operação de processos químicos industriais, produtivos e laboratoriais
DURAÇÃO MÉDIA: 4 anos no Integrado
REQUISITOS: disponibilidade para estágio

Técnico em Secretariado
O QUE FAZ: organiza e sistematiza trabalhos rotineiros, serviços de escritório, arquivo, cerimonial, protocolo, atuação em eventos, elaboração de textos organizacionais
DURAÇÃO MÉDIA: 1 ano

Técnico em Segurança do Trabalho
O QUE FAZ: elabora, participa, vistoria e implementa a política de saúde e segurança no trabalho (SST), objetivando o controle de perdas humanas, ambientais ou na propriedade.

Editado por Helena Krüger

Algumas maneiras praticas de fazer o dinheiro render


Ellen Rebelo

Você jovem que infelizmente não é independente e vive com a mesada dos pais ou da bolsa estágio sabe como administrar bem seu dinheiro, fazendo com que dure o mês todo ou é aquela velha história ‘sobra mês pra pouca grana’? Saibam que muitas atitudes simples podem ajudar você a se salvar da crise financeira.
Um começo bem simples e controlar os gastos na ponta do lápis. Tudo mesmo. Aluguel, mercado, transporte, lanches, baladas, cinemas, xérox e tudo mais deve ser anotado de forma clara. Depois é somar tudo e ver o deu no final. Assim é mais fácil saber quais gastos desnecessários podem ser evitados ajudando a preservar seu rico dinheirinho.
Aproveitar promoções sempre é uma boa dica. Tanto os supermercados e lojas de roupas sempre acabam usando dessa alternativa para atrair clientes, e isso funciona para os dois lados. Najara Alves de 18 anos, acadêmica de secretariado - executivo sabe bem como é: “Depois que saímos da casa dos pais não temos tanta mordomia. Os gastos com tudo tende a diminuir e economizar no que for preciso. Sapatos e roupas só em promoção. 50% é uma ótima solução pra quem precisa diminuir gastos”.
A maior dificuldade encontrada pela maioria dos acadêmicos, segundo Aline, é no supermercado, a maioria deles não possui seu próprio carro e ter que andar até o mercado mais próximo e voltar cheia de sacolas nas mãos é bastante complicado: “Se o mercado fosse mais perto poderíamos aproveitar melhor o dia das ofertas, e isso raramente acontece. Temos que escolher: morar perto da faculdade ou do mercado”. Uma solução encontrada para contornar esse problema é concentrar o dia de compras de amigos que vivem a mesma situação e dividir o táxi. Apesar de não aproveitar os dias de ofertas vão economizar e melhorar o transporte.

Uma boa dica é anotar todos os gastos para que se tenha mais controle

Segundo a administradora Carolina Freitas comer em restaurantes e lanchonetes todos os dias também pesa no bolso do universitário. Comidas rápidas parecem facilitar a vida corrida dos estudantes, mas podem lhe custar uma enorme fatia da sua mesada, além é claro de fazer o ponteiro da balança disparar: “Procurar comer alimentos mais saudáveis mesmo comendo fora de casa é difícil, mais faz bem para o corpo e para o bolso. Acreditamos ser melhor e na realidade gasta-se muito optando por essa alternativa, sem contar que essas refeições são sempre repletas de gorduras o que altera o peso de quem faz disso pratica diária”. Outra proposta é alternar as refeições: em alguns dias fazer sua própria comida e em outros comer em restaurantes, além de mais barato irá ajudar a manter os quilos extras longe de você.

Editado por Helena Krüger

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Professores da Unicentro farão paralisação na quarta-feira


Katrin Korpasch

Na próxima quarta-feira, (26) docentes da Unicentro irão paralisar suas atividades na universidade. Segundo o tesoureiro do Sindicato dos Docentes da Unicentro (Adunicentro) professor Denny William da Silva, os motivos que levaram a decisão de paralisar as atividades são a necessidade de adequação do plano de carreira dos professores e da correspondente malha salarial. “A gente está articulando um movimento estadual, não é algo isolado da Unicentro, é articulado com as demais universidades estaduais”, explica. Para o tesoureiro, o principal problema que esta defasagem nos salário acarreta é a saída de docentes de universidades estaduais para as federais. “Nosso salário está muito defasado em relação às universidades federais, para um doutor, por exemplo, é em torno de 18% a 20%. Na Unicentro, só no departamento de biologia nós perdemos nos últimos anos oito doutores, e os demais departamentos também vem sofrendo conseqüências dessa questão”.

Em 2011 houve um congelamento nos concursos e contratações de docentes nas universidadesfederais, mas a reabertura destes processos, previstos para o final deste ano e também para 2012 preocupam Denny Silva. “Se a gente entrar em 2012 com uma condição salarial ruim em relação às universidades federais, com a abertura de concursos, nós vamos mesmo ter uma saída muito grande de professores daqui das universidades estaduais”. Nesse sentido, há urgência para que haja uma agilização por parte do governo para assegurar o reajuste salarial e conter a evasão de docentes. “Isso faz com que nós estejamos realizando essa paralisação no dia 26 como uma forma de sensibilizar o governo para a necessidade de agilizar essa proposta de tal forma que ela entre em tempo hábil para ser discutida na assembléia legislativa ainda esse ano”, afirma Denny.



Segundo Denny, a paralisação é uma ação de advertência, mas poderá se transformar em greve mais forte

A decisão pela paralisação, que foi tomada em assembléia no dia 20 de outubro, representa uma atitude de urgência para a aprovação da proposta que começou a ser discutida já no começo do ano. “Esse processo não nasceu agora. Foi constituído um grupo de trabalho que reuniu os sindicatos, a Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI) e a Associação de Reitores e estamos negociando desde abril deste ano”, explica. A proposta, fechada em julho ficou estacionada. “Isso nos deixou muito preocupados porque temos urgência que esta proposta vá para assembléia legislativa, uma vez que neste momento está ocorrendo a discussão do orçamento para 2012, e se nossa proposta não entrar em tempo hábil na assembléia legislativa, não vai ter previsão orçamentária para ser implementada em 2012, jogando ela para uma perspectiva de 2013”.

Inicialmente a paralisação ocorrerá apenas na quarta-feira (26), Segundo o tesoureiro do Sindicato dos Docentes da Unicentro, se trata de uma paralisação de advertência. Porém, se o governo não sinalizar uma agilização nos tramites da proposta, provavelmente a ação irá se estender. “Aí muito provavelmente a gente vai ter que evoluir para o quadro de uma greve mais forte”, afirma. Para Denny não há como saber quantos professores irão aderir à paralisação. Porém ele afirma que o Sindicato tem conversado com os professores mostrando a gravidade da situação, a seriedade da proposta e a necessidade de que todos se mobilizem. “Se o governo não se sensibilizar para a paralisação, o ano que vem vai enfrentar uma situação muito difícil nas universidades. A evasão dos professores vai aumentar porque os concursos nas universidades federais vão ser reabertos e isso vai implicar em sobrecarga para os professores que permanecerem”.

Editado por Mario Raposo Jr.

Cultura Afro-descendente é tema de exposição no Centro de Artes de Guarapuava

O acervo da Pastoral Afro estará exposto até o dia 31 de outubro

Helena Krüger Barreto

Em homenagem ao mês da padroeira do Brasil, a Pastoral de Afro-descendentes de Guarapuava realiza a exposição com o tema “Afro-descendentes com a Mãe Aparecida celebram o seu ano internacional” no Centro de Artes Iracema Trinco Ribeiro. A mostra que teve a abertura na última terça feira (18) ficará em cartaz até o dia 31 de outubro. A coordenadora diocesana da Pastoral, Nerci Aparecida Guiné fala com emoção da história dos negros no Brasil, e que para ela é uma satisfação realizar pela terceira vez uma exposição que contemple a cultura afro na cidade. “Nos outros anos realizamos a mostra em novembro, que é o mês da Consciência Negra, porém por outros compromissos resolvemos homenagear a nossa padroeira, mãe de todos e também dos negros!”.


Centro de Artes é localizado em uma charmosa casa antiga da cidade

Quem for visitar o acervo da Pastoral encontrará uma diversidade de itens que remetem a cultura africana, desde roupas típicas, quadros religiosos, fotografias até mesmo a imagem da Nossa Senhora Aparecida. Além de peças artísticas, há também livros, revistas e orientações de membros da pastoral para informar e ampliar o conhecimento sobre os afro-descendentes no Brasil.

Nossa Senhora Aparecida negra faz parte do acervo da Pastoral

Na abertura da exposição houve apresentações de capoeira do grupo de Curitiba “Nosso Guerreiro dos Palmares”, que tem uma filial em Guarapuava e realiza trabalhos de inclusão social. O responsável pelo grupo, André Luiz Silva Loiola avalia a relevância de um evento como esse, e segundo ele até se arrepia de contar um pouco sobre a história de seus ancestrais. “A importância é imensa, pois em espaços como esses, a capoeira aparece e é apresentada revelando ao Centro-Oeste nossas raízes tanto artísticas como religiosas”.

A coordenadora do Centro de Artes, Maria Julia Boese também ressalta o quanto exposições como essas ajudam no desenvolvimento cultural da cidade. “A mostra afro serve até para uma conscientização, fazendo com que a sociedade em geral tenha acesso e possa aprender um pouco da cultura, da arte e do folclore deles”. A diocesana, Nerci Guiné considera a exposição como um exemplo da evolução na cidade. “É um avanço para Guarapuava, eu como guarapuavana e educadora fico muito feliz, afinal é como naquela música o negro quer escola, quer seu espaço para ser cidadão.”
O horário de funcionamento do Centro Iracema T. Ribeiro é das 8h às 11h e da 13h à 17h30, para mais informações no telefone (42) 3621-1301.


A exposição contempla diferentes objetos que representam a cultura afro

A Pastoral

A pastoral afro teve início em Guarapuava em 2003 com a chegada do bispo que incentivou a criação do grupo, hoje conta com cerca de 20 a 25 membros que trabalham na conscientização e inclusão de afro-descendentes na cidade. A coordenadora, Nerci Guiné reitera um dos motivos de existência da pastoral.“ Nós queremos abrir espaços e caminhos para o negro, como estamos fazendo aqui hoje nessa exposição.”
Quem tiver interesse em participar da pastoral, como membro ou parceiro o telefone para contato é (42)3626-4348 (ramal 201).

Editado por Giovani Ciquelero

Começando a trajetória nas Ruas de Guarapuava

Katrin Korpasch

Nós começamos nosso passeio pelas ruas de Guarapuava no Bairro Santa Cruz, na Avenida Serafim Ribas. Esta avenida liga a PR-170 à cidade. Serafim Oliveira Ribas nasceu em 1851 em Guarapuava e montou em 1892 por conta própria a primeira tipografia de Guarapuava. Algum tempo depois fundou o primeiro jornal da cidade, “O Guayra”. Para conseguir os materiais e máquinas necessários para o jornal, que tinha como redator Luiz Daniel Cleve, teve que carregá-los no lombo de animais por entre as matas, já que naquela época Guarapuava não tinha estradas que ligassem a cidade a outras. Com o passar dos anos, Serafim Ribas vendeu o jornal e passou a ser comerciante em Imbituva, e depois mudou-se para Curitiba. Novamente em Guarapuava, dedicou-se a Frederico Blum, sua casa comercial.

Observe no mapa o nosso ponto de partida

Dando continuidade ao nosso passeio, fazemos uma conversão à direita e pegamos a via que homenageia um grande cientista, a rua Albert Einstein. Em seguida passamos para a rua Afonso Botelho. Afonso Botelho de Sampaio e Souza foi mando pela Coroa Portuguesa para tomar posse dos campos guarapuavanos. Chegou aqui no dia 8 de dezembro de 1771 quando mandou rezar a primeira missa.


Avenida Serafim Ribas liga a BR-170 à cidade

Ele explorou os campos de Guarapuava e mudou o nome do rio Capivaruçu para Rio Jordão, onde procurava por minerais preciosos e quase se afogou. Por ameaças e medo de ataques de índios, Afonso Botelho e seus companheiros partiram de Guarapuava e suspenderam a vinda de novas expedições, por isso a conquista de Guarapuava só foi retomada quase 40 anos depois.
Nosso passeio continua na próxima matéria. Até lá!

Editado por Ana Carolina Pereira

Concurso público: a estabilidade profissional que muitos procuram

Poliana Kovalyk

A primeira matéria desta série que aborda a empregabilidade na nossa região, é sobre concursos públicos. Salários atrativos, carga de horário plausível, estabilidade profissional, aposentadoria diferenciada, plano de saúde, férias, 13º salário. Essas são algumas das vantagens proporcionadas pelos concursos mais concorridos no país.
São diversos concursos feitos a cada ano, e só no Brasil, movimentam mais de dez milhões de candidatos. Por uma regra da Constituição Federal, no nosso país é preciso fazer concurso para todo e qualquer cargo público, então, são milhares de pessoas buscando a aprovação, e são inúmeras as oportunidades para todos os gostos e níveis de ensino.
Fabrício Bittencourt da Cruz dedicou 15 anos de sua vida aos concursos públicos fazendo testes dos mais variados, e sua lista é grande: fez concurso para Oficial de Justiça, Técnico da Receita Federal (duas vezes), Técnico da Justiça Federal, Técnico da Justiça do Trabalho, Assessor do Ministério Público Federal, Analista da Justiça Federal, Delegado de Polícia Federal, Procurador da República (cinco vezes), Juiz de Direito (duas vezes), Promotor de Justiça (duas vezes), Juiz Federal Substituto (três vezes), Professor Universitário (duas vezes). E depois de oito aprovações, resolveu escrever um livro que fosse voltado para essa área tão concorrida nos dias atuais. “Desde os momentos iniciais eu já sabia que os concursos públicos sensibilizam pessoas das mais variadas formações acadêmicas e de diversos níveis de escolaridade. Então, minha tarefa era produzir um material que pudesse ser compreendido por todos os que se interessassem pelo tema”. Segundo Fabricio, essa é uma opção totalmente diferenciada dos demais trabalhos que versam sobre esse tema, e foi escrito de forma que o leitor, independentemente de sua idade e de sua formação, possa compreender e assimilar os conteúdos abordados.
Fabrício acredita que não há fórmulas certas para se adquirir a aprovação, mas que muitas das ideias do livro podem auxiliar cada leitor a formular a própria receita. “Não acredito que alguém tenha legitimidade para, em nome de seu passado e de suas experiências pessoais, indicar soluções milagrosas como: número ideal de horas para estudo, local ideal para desenvolvimento dessa atividade, alimentos ideais, cursos ideais, etc.”. Segundo o Magistrado Federal, o que realmente importa é a seriedade do compromisso. “Se você dispõe de apenas meia hora para estudo, pois então que estude durante esse período, tentando aproveitá-lo ao máximo”.


Fabrício Bittencourt da Cruz é Magistrado Federal desde 2006 e recentemente proferiu palestras na cidade

Por outro lado, há quem diga que essa estabilidade oferecida pelos concursos gera uma certa comodidade, pela falta de perspectiva de crescimento dentro de uma empresa. Mesmo assim, não há como duvidar que essa é uma grande oportunidade para quem está em busca de um emprego. Um exemplo disso é o concurso da Prefeitura de Guarapuava que, neste ano, teve uma média de 13.268 inscritos para 1.079 vagas oferecidas, com uma remuneração que varia entre R$ 540 à R$5.666,78. Pelo segundo ano consecutivo o concurso foi cancelado pela própria prefeitura, pela demora do recurso do julgamento da ação judicial pelo Ministério Público que identificou irregularidades no edital. Segundo a assessoria de comunicação da prefeitura, um novo concurso deve ser realizado, mas ainda está sem data prevista para divulgação do edital.
Mas atenção, há uma grande diferença entre concurso público e teste seletivo. Enquanto o concurso público tem por objetivo o preenchimento de cargos públicos através de provas, o processo seletivo tem por finalidade atender necessidades temporárias, como o caso de professores substitutos.

São milhares de concursos feitos a cada ano, e só no Brasil, movimentam mais de dez milhões de candidatos.
#Dica

Veja a lista de concursos públicos abertos, previstos e em andamento na cidade de Guarapuava e demais regiões no Paraná:

Editado por Helena Krüger